quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os paradoxos da maternidade

Quase todas as noites observo meu filho dormir e penso nas tantas mudanças que sua chegada em minha vida trouxeram.
Não é só o fato de não dormir um sono ininterrupto e gostosinho (antes do Nícolas eu era quase uma ursa polar em época de hibernação rsrsrsrs)
Não é só o fato de não mais poder sair de casa sem hora pra voltar. (Ai de mim, se demorar mais de duas horas longe do meu denguinho - ele descamba a chorar seja de fome, seja de saudade, seja só pra não perder o costume hehehe)

Sair com ele não é uma boa solução, um percurso que eu levo 40 minutos pra completar livre, leve e solta  com ele a tira-colo (e toda a tralha necessária para os cuidados de um bebê) levo quase 2 horas.

Levá-lo ao escritório é apenas mudá-lo de ambiente e dar toda atenção pra ele em outro cômodo (trabalhar que é bom, nada).
Esse problema meu marido solucionou gerando meios de trabalhar remotamente daqui de casa. Bendito seja quem inventou a internet hahahaha.... Mas não é a mesma coisa.
Se bem que já foi bem pior, lembro que assim que Nícolas nasceu (época em que se ele não estava dormindo, estava chorando), eu via meu marido ir pro trabalho e chorava querendo ir também.

Hoje ele já me deixa trabalhar, dorme mais e mesmo acordado ele me dá uns trinta minutinhos de silêncio. Porque depois de 30 minutos ele até fica calado, mas NO COLO!

Eu não me culpo por sentir saudade dos meus banhos demorados, das minhas saídas sem hora pra voltar, de ficar no escritório até quando eu quisesse etc. Sou HUMANA! E se já não sentia culpa depois que li o post da Priscilla no Blog Tudo sobre Mãe fiquei até mais aliviada.

Sentir saudade dessas situações não diminui o amor que tenho pelo meu gordinho.


É extremamente natural que quem tinha uma vida tão ativa algumas vezes se sinta em "apuros", ao perceber que são 15h da tarde, ainda está de pijama (golfado por sinal), com os cabelos perdendo feio para uma vassoura de arapuá, olheiras expressivas e facilmente notadas, dentes por escovar e um bebê acoplado em seus braços chorando como se você estivesse o torturando. Gente não é fácil, não!

As coisas melhoraram muito desde quando Nícolas completou dois meses, mas os primeiros sessenta dias foram os mais difíceis.

Hoje com a rotina EASY (Método Aprendido com a Tracy Hogg em Os Segredos de uma Encantadora de Bebês) estabelecida eu estou nas nuvens, não é como antes, mas bem melhor do que o período da chegada do Nícolas.

O fato é que existe vida após a maternidade.
E eu me derreto com o meu baby e embora ele tenha três meses e meio, acho que devia ter aproveitado mais, me cobrado menos e curtido mais... Ultimamente tenho corrido atrás do prejuízo.

O gotoso da mamãe!!!

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