quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Amamentação; - Pensava que era mais simples...

Durante a gravidez, eu fiz vários exames (e refiz umas 3 vezes mais... rsrsrs... a obstetra era meio hipocondríaca).
Tudo com a finalidade de garantir que o meu filho fosse amamentado naturalmente sem nenhum problema ou  sem adquirir nenhuma doença mediante contato com leite materno.
Tudo checado, saúde 100%, agora era só correr pro abraço, ou melhor correr com Nícolas pro peito, certo? ERRADO!
A pega de Nícolas foi um fracasso. Durante seus três primeiros dias de vida sua alimentação foi a base da fórmula.
No quinto dia eu desesperada, sem dormir, traumatizada com o bendito teste do pezinho, cheia de dôres da cesariana, frustrada ao extremo, me sentindo a mais burra das mães fui APRENDER A DAR DE MAMAR!
Hã!?! O quê?!? Mas, não é só colocar o nenê no seio e tudo fica lindo? E aquelas fotos das famosas dando de mamar com uma facilidade?
Bem, no meu caso, não houve nada de facilidade. Mas também, não houve rachaduras, não houve sangramentos, não houve mastite, até porque se houvesse vocês não estariam lendo esse post, hehe (exagero em pessoa). Mas se só com um problema eu me encontrava triturada emocionalmente e fisicamente também, porque, eu não dormia, eu não comia, eu ia pouquíssimas vezes ao banheiro, eu deixava de ir pra dormir mais um pouco e eu estava com as duas mamas cheias de hematomas (pq eu e meu marido decidimos que Nícolas iria tomar apenas leite materno (ainda que no copinho) por causa dos anti-corpos e protetores naturais que o leite materno tem e ao tirar o leite, do modo errado pra variar, acabei e machucando. Em suma era um verdadeiro caos! (Calma amigas que ainda não tiveram filhos, não precisam desistir tão fácil assim hahahaha).
Na primeira consulta nesse órgão de ensino e incentivo ao aleitamento materno exclusivo, eu recebi a notícia  que seria muito difícil meu filho mamar por dois motivos alistados pela burriatra, ops, pediatra: seu filho tem o queixo pequeno e outra seu filho não tem o freio lingual (uma carnosidade em excesso - como se fosse uma preguinha, que temos embaixo da língua) e também não tem o freio labial inferior (outra preguinha na parte inferir interna do lábio inferior que se prende na gengiva) e me encaminhou à uma fonoaudióloga. Preciso falar que surtei? Não, né? Saí de lá mais arrazada do que quando cheguei.
Já fiquei imaginando que meu filho não falaria, como seria difícil ele não poder se comunicar, como eu fui má em querer que ele mamasse quando ele não conseguia (algumas vezes eu em vez de dar no copinho eu ficava tentando pôr ele no peito e ele se esgoelando não pegava de jeito nenhum).
Atarde resolvi voltar lá e ouvir a opinião de uma outra profissional... (Suspiro) Ela examinou meu filho, viu com uma lanterna a linguinha dele, falou que conhecia outros casos e que as crianças falavam pra dedéu e me acalmou. Mesmo assim, Nícolas não mamava. E pior parecia haver confusão de bico, porque quando ele tentava pegar o peito produzia um som como um estalo, sabe? As enfermeiras faziam: "Tem certeza que nunca deu mamadeira a esse menino?" rsrsrs - Antes tivesse dado. Vejam como eu dava leite a Nícolas por pelo menos uns dez dias:


Foram os piores dias da minha vida, era como se eu não me consagrasse mãe...
Na UNIAME, as enfermeiras tentavam de tudo, só faltava colocar Nícolas pra mamar de ponta-a-cabeça rsrsrsrs. E o mais incrível: havia vezes que ele mamava LÁ, mas em casa ele simplesmente não conseguia pegar... Definitivamente ele testava a minha paciência.
Vejam um vídeo quando ele já estava mais adestrado, foi O DIA!


Então esse post foi para aquelas mães que estão sem conseguir amamentar seus filhos pelas mais diversas razões - estima-se que 3 em 4 mulheres tem dificuldade pra amamentar  - não desistam, uma hora dá certo. Tentem, se esforcem, mesmo com lágrimas, mesmo com dor, VALE A PENA.
Depois que Nícolas enfim entrou em sintonia, olha só como ele ficava após as mamadas:


Valeu cada lágrima meu filho.

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